quinta-feira, 11 de junho de 2009

Um baobá de sabedoria

Quem resiste até o fim do filme, quando está achando a história um saco, sem graça e que não vale sequer um segundo a mais do seu tempo? Eu, eu, eu fico. Sempre acho que pode virar. Que pode acontecer a grande sacação da obra, aos 45 minutos do segundo tempo. Foi assim comigo, ontem, no auditório do Crea-PE, onde recebi um prêmio de fotografia. A bem da verdade, uma menção honrosa pela foto acima. Assisti sentadinha a todo o protocolo da história. Quase três horas de cerimônia entre engenheiros e hinos. Homenagem ia, homenagem voltada. Eram réplicas e tréplicas de reconhecimentos. Já no finalzinho, sobe ao púlpito o "seu" Osvaldo Martins Furtado, engenheiro agrônomo. Só pelas 90 primaveras que ele tem já merece o respeito de muitos de nós. Me curvei à sua experiência (e esqueci o enfado do evento), quando ele começou a falar. Desde os anos 30 (o Greenpeace ainda engatinhava), ele se fez um dos mais importantes ambientalistas e pesquisadores do meio ambiente no Brasil. Sabe tudo sobre arborização urbana (uma lástima no Recife). "Seu" Osvaldo é um baobá de sabedoria. Moral da história: eu, um pé de mato ordinário e metido, terminei a sessão encantada. Valeu a pena demais o mico de sentar na frente e não saber cantar o hino de Pernambuco todinho.

Ps: guardei "seu" Osvaldo no meu caderninho de personagens. Já, já coloco outro texto sobre ele neste blog.