sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

De olhos bem fechados

Não poderia deixar de comentar um trecho digamos, cara-de-pau, do papo que ouvi no final da tarde desta sexta-feira entre uma colega da redação e o presidente do Recife Convention & Visitors Bureau, José Otávio de Meira Lins - dono do hotel Marolinda, em Boa Viagem. Era sobre a ocupação dos hotéis, os pacotes, o turismo no Recife e em Pernambuco. Como sou metida na conversa dos outros, sugeri à colega que perguntasse ao hoteleiro e executivo sobre turismo e exploração sexual. Reproduzo o diálogo. A cara-de-pau, deixo claro, é toda dele.

- Ana, ele disse que o turismo sexual não existe mais nos hotéis.
- Ah, não? Então o sexo acontece ao ar livre, na praia, no bar, na boate, nos motéis? E os gringos ficam hospedados somente em pousadas e apartamentos de aluguel por temporada? Quer dizer que o sexo, ou melhor, a exploração sexual pode acontecer em qualquer lugar, menos dentro dos quartos do hotéis? Ele fala isso assim, lavando as mãos?
- Hummm, bom, esse é o discurso oficial, Ana.
- Taxistas, donos de bares, boates, hoteleiros, barraqueiros de praia, ninguém é sujeito do mercado e ninguém tem a ver com o turismo e com exploração sexual? É demais essa, viu?

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