Vejo o encontro do poeta Fernando Pessoa com o papangu de Bezerros.
O primeiro veste terno bem cortado.
O outro, caftan surrado.
O escritor fuma charuto cubano.
O brincante, Hollywood vermelho.
O homem europeu é elegante e delicado.
O homem do Agreste mexe desajeitado.
O poeta escreve verso para parecer.
O mascarado fala grosso para se esconder.
São dois fingidores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário